Examinar pelo menos 85 mil crianças com idade entre 5 e 14 anos. Este é o foco da Campanha Nacional de Hanseníase e Verminoses, que foi iniciada ontem (10) em Teresina. O lançamento oficial aconteceu na Unidade Escolar Firmina Sobreira, na zona Norte da Capital, e contou com a presença de profissionais da Fundação Municipal de Saúde (FMS) que, além de realizar os exames, também prestaram orientações aos estudantes sobre a importância do diagnóstico precoce da doença.
Até o próximo mês, a campanha vai realizar ações em 392 escolas públicas de Ensino Fundamental, com o objetivo de diminuir a carga de helmintos (também conhecidos como verminoses) por meio da administração do medicamento albendazol 400mg, bem como identificar casos suspeitos de hanseníase por meio do “método do espelho”.
“Tanto a hanseníase, quanto as verminoses, causam manchas na pele. O que precisamos é identificar o que está causando aquela mancha. Nós pretendemos fazer o que chamamos de tratamento coletivo, com a finalidade de diminuir a carga de vermes e identificar casos de hanseníase para serem tratados o mais cedo possível. Os vermes são tidos como doenças banais, mas, além de causarem vários desconfortos, podem trazer complicações sé- rias como obstrução intestinal e pode até matar”, afirmou o médico Kelsen Eulálio, coordenador de hanseníase da FMS.
A cidade de Teresina vivencia, nos últimos anos, uma redução do número de casos de hanseníase. Em 2001, por exemplo, foram notificados 821 casos da doença. Já no ano passado, o número de casos foi de 375 entre os teresinenses. Apesar da redução, as equipes da Fundação Municipal de Saúde ressaltam a importância de aumentar a oferta dos exames que podem diagnosticar a doença.
“Quanto antes houver o diagnóstico, mais rápida e fácil também pode ser a cura da doença. Todas as pessoas que convivem ou conviveram com quem recebeu o diagnóstico de hanseníase devem ser examinadas nos serviços de saúde”, alertou Kelsen Eulálio, ao lembrar que o tratamento é gratuito e realizado em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS).
Por: Natanael Souza – Jornal O Dia