Cerca de duas mil pessoas compareceram à Avenida Raul Lopes na tarde deste domingo (13), na altura da Ponte Estaiada (Mestre João Isidoro França), para protestar contra o Governo do PT, seus aliados, e para exigir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Segundo a médica Adriana Sousa, líder do movimento “Vem pra Rua” no Piauí, as recentes denúncias que implicam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma complicaram ainda mais a situação do Partido dos Trabalhadores.
“O impacto maior desses protestos será a pressão no meio político para que a presidente Dilma Rousseff finalmente seja destituída do poder. Nós achamos que qualquer opção é melhor que a presidente no Governo. Ser por impeachment ou por cassação [no TSE] ou por renúncia, o que vier primeiro o povo aceita”, afirmou Adriana Sousa.
A advogada Nazaré Miranda foi acompanhada de amigas para o protesto e disse que o Brasil enfrenta uma verdadeira guerra contra a corrupção instituída no Governo Federal. “O país inteiro está indignado com essa situação pela qual o país passa, que é contrária a todos os nossos princípios de educação e de democracia”, disse.
A vereadora Teresa Britto também compareceu ao ato contra o Governo do PT, e disse que a mudança de presidente é o único meio para que o país se livre da crise político-econômica em que se encontra.
“Esse Governo é desastroso. Um Governo que acolheu os pobre e agora está tornando a população mais pobre ainda. Nós nunca tivemos uma crise econômica tão grande no Brasil como a que estamos vivendo hoje. E é daí a importância desses protestos, dessas manifestações democráticas e públicas contra esse Governo desastroso da presidente Dilma”, afirmou a vereadora.
Teresa Britto considera que o PT deu um “calote” no país nas eleições de 2014. Ela opina que os defensores do PT e de Dilma Rousseff “estão completamente enganados e estão sendo usados pelo PT”.
“O que me traz aqui é a indignação que, assim como toda a população, eu estou sentindo, por conta de uma corrupção jamais vista na história do nosso país. Viemos aqui protestar e dizer que a Dilma não tem mais credibilidade nenhuma para governar o Brasil. Ela está completamente perdida, e as pessoas que a apoiam também devem sair, pois não estão contribuindo de forma efetiva para o enobrecimento e engrandecimento da nossa nação”, afirma o representante comercial Jorge Luís de Oliveira.
O representante comercial Jorge Luís de Oliveira levou a família para pedir a queda da presidente e do seu partido
A advogada Nazaré Miranda foi ao ato pró-impeachment acompanhada de amigas
Inúmeras pessoas também aproveitaram o ato contra a presidente Dilma e o Governo petista para manifestar apoio ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao juiz federal Sérgio Moro, que está sendo o responsável por julgar os políticos, empresários e gestores envolvidos no esquema de corrupção que desviou bilhões da Petrobras.
Delação de Delcídio
Conforme documentos obtidos com exclusividade pela revista “Isto É”, em sua delação premiada o ex-líder do Governo Dilma no Senado, Delcídio do Amaral, afirma que a presidente teria interferido na Operação Lava Jato, nomeando um ministro do Superior Tribunal de Justiça com a orientação de que ele livrasse empreiteiros presos.
Segundo o senador, Dilma também sabia da existência de um esquema de superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras – negócio que gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 3 bilhões à estatal.
Conforme a reportagem da revista “Isto É”, Delcídio também teria feito graves revelações sobre Lula. O ex-presidente teria interferido na Operação Lava Jato, mandando Delcídio pagar uma mesada a Nestor Cerveró, para que o ex-diretor não aceitasse o acordo de delação premiada.
Além disso, Lula também teria articulado a compra do silêncio de Marcos Valério na CPI dos Correios, ainda no seu primeiro mandato. A manobra teria custado R$ 200 milhões – conforme o relato de Delcídio.
Por: Cícero Portela/portalodia.com