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À espera do auxílio, população que ainda não recebeu ajuda sofre

Desde o início do mês, dona Cira Luiza Lopes, moradora da zona Sudeste de Teresina, alimenta uma espera que parece não ter mais fim: a de ter o auxílio emergencial aprovado pela Caixa Econômica Federal (CEF). Com contas atrasadas e sem conseguir comprar comida, a espera se torna angustiante, mas não isolada. São muitas as histórias de pessoas que se inscreveram logo nos primeiros dias para receber o auxílio, mas continuam aguardando uma resposta para o cadastro.


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Ao acessar o aplicativo, a mensagem que aparece, nesses casos, é “em análise”, uma indefinição que deixa quem já sofre com falta de acesso a serviços básicos sem perspectivas. “Têm horas que tenho esperança, mas têm horas que não tenho mais. Não sei mais o que fazer”, desabafa.

O auxílio emergencial do governo federal é de R$ 600, mas para mulheres provedoras do lar o valor é de R$ 1.200, podendo chegar a R$ 1.800 se houver um adolescente na casa. No caso de dona Cira, que não tem nenhuma renda e agora se vê em casa com as duas netas que assumiu a criação desde cedo, Evelyn Lopes, de 14 anos, e Emily Vitória de 8 anos, o dinheiro serviria para garantir alimentação e a quitação de contas de água e luz, já em atraso.


Dona Cira é responsável pela criação de duas netas e está sem saber como vai comprar comida e pagar as contas de água e luz – Foto: Glenda Uchôa

Após perder o Bolsa Família, em uma revisão feita no cadastro durante o governo Dilma, a única renda de Cira e da família é uma ajuda de cerca de R$ 200 que recebe da mãe.

“O que me angustia é que muita gente que fez comigo já recebeu e o meu continua ‘em análise’. O pior é que vejo pessoas que estão recebendo para gastar com bebida, com droga, e eu queria pelo menos garantir a comida para minhas netas, porque tem dia que elas pedem e eu não tenho o que dar”, destaca.

Auxílio emergencial

A Caixa Econômica Federal informou que, desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento do Auxílio Emergencial de R$ 600, até as 12h do último domingo (26), já creditou R$ 26,2 bilhões para 37,2 milhões de brasileiros.

A Dataprev trabalha no processamento das informações e a homologação dos dados é realizada em conjunto com o Ministério da Cidadania. Já a Caixa efetua o pagamento, desenvolve e mantém o aplicativo, que informa o resultado processamento realizado pela Dataprev e homologado pelo Ministério da Cidadania.

Por: Glenda Uchôa – Jornal O Dia

CONTEÚDO: O DIA

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