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Diretor de museu negocia emendas com bancada fluminense na Câmara

Minutos antes de embarcar para Brasília, o diretor do Museu Nacional no Rio, Alexander Kellner, disse à Agência Brasilque está a caminho da capital para discutir alternativas emergenciais na tentativa de recuperar o local atingido por um incêndio na noite de domingo (2). Por telefone, Kellner contou que se reunirá com a bancada fluminense no Congresso, formada por 46 deputados e seis senadores.

Ele negou que ocorrerá assinatura formal da liberação dos R$ 10 milhões, anunciada ontem (3) pelo Ministério da Educação para o museu, na Quinta da Boa Vista. “Antes, precisamos fazer o dever de casa e preparar a situação para que haja a assinatura”, explicou.

Brazilian palaeontologist Alexander Kellner, director of the National Museum of Brazil, argues with rescue workers in Rio de Janeiro, Brazil September 3, 2018. REUTERS/Pilar Olivares
Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional no Rio – REUTERS/Pilar Olivares/ Direitos Reservados

Nem todos os parlamentares da bancada devem participar do encontro, pois a Casa está em recesso branco em decorrência das eleições. “A pauta é construir uma emenda de bancada para a UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro]”, disse o paleontólogo que está no comando do museu desde fevereiro deste ano.

Além do dinheiro previsto no Orçamento da União para manutenção de instituições federais, os parlamentares também podem apresentar emendas individuais ou de bancadas para despesas específicas. A ideia é usar justamente esse recurso para a recuperação do museu, mesmo com a previsão de 2018 já fechada. O que o Congresso pode tentar, neste caso, segundo deputados fluminenses é usar o que não foi executado ou o que permite remanejamento.

Kellner, que compõe o quadro do Museu Nacional desde 1997, voltou a lamentar o desastre. Segundo ele, os R$ 10 milhões agora são emergenciais. “Se tivessem sido liberados há um ano, poderiam evitar essa situação, mas agora é um dinheiro apenas para evitar que o prédio desabe.”

O recurso do MEC foi anunciado ontem depois de uma reunião entre Kellner, o reitor da UFRJ, Roberto Leher, e o ministro da Educação, Rossieli Soares. Soares disse que o dinheiro virá do orçamento da pasta a partir de remanejamento que não exigirá aprovação do Congresso. O montante será transferido para a UFRJ.

Em resposta às cobranças da comunidade artística e intelectual, o presidente Michel Temer marcou para hoje (4) uma reunião com ministros, secretários, coordenadores e os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica e do Banco do Brasil. O encontro ocorrerá no Palácio do Planalto.

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