Vocês sabiam que cada vez menos as crianças têm brincado livres, ao ar livre?
E que cada vez mais têm ficado dentro de casa, vendo TV, jogando video game ou cuidando dos irmãos?
Brincar não é brincadeira. É parte fundamental do desenvolvimento da criança.
É tão importante que é instintivo, como querer andar.
Todos os animais brincam. As formigas, os golfinhos e os seres humanos.
E quanto mais inteligentes, mais brincam. Os golfinhos brincam mais que as formigas. Os seres humanos brincam mais que os golfinhos.
Existem muitas evidências da importância de brincar.
- Crianças que brincam mais na pré-escola têm melhores notas ao longo do percurso escolar.
- Crianças que brincam mais aprendem a perseverar, a controlar a atenção (foco) e a dominar as emoções.
- Uma vida adulta feliz é propiciada principalmente pela saúde emocional que temos na infância. Em seguida, pelo comportamento social, e só depois pelo desempenho acadêmico.
- Brincar estimula o crescimento dos nervos da amígdala (emoções), promove o desenvolvimento do córtex pré-frontal (cognição) e da maturidade emocional e aumenta a capacidade de decisão.
É, não é brincadeira mesmo, e tem muito mais. Brincar
- aumenta a autopercepção, a autoestima e o autorrespeito;
- melhora e mantém a saúde física e mental;
- dá a oportunidade de se socializar com crianças diferentes;
- promove a criatividade, a imaginação e a independência;
- constrói resiliência através do enfrentamento dos riscos e desafios e da necessidade de solucionar problemas e de lidar com o novo;
- dá a oportunidade de aprender a conhecer o ambiente e a comunidade;
- previne acidentes: quanto mais eu brinco, menos me machuco.
E se você, adulto, brincar junto, ganha tudo isso também!
Quer saber mais sobre a importância de brincar? O projeto Território do Brincar é uma ótima fonte.
Por Jaak Panksepp/ uol