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Sexta-feira 13: de azarado, o gato preto não tem nada

Quem nunca ouviu por aí que gato preto dá azar? Essa superstição é tão forte e antiga que muita gente acredita até hoje que só de passar perto do bichano sofrerá com falta de sorte. Os reflexos dessa crença são vistos no recente levantamento realizado pela Petlove, empresa voltada a produtos para animais domésticos, no qual foi demonstrado que os gatinhos são deixados de lado na hora das adoções.

O estudo, realizado com 18 ONGs durante dois meses, mostrou que cerca de 21% dos gatos nos abrigos são pretos e que, em sua maioria, foram abandonados ou resgatados de condições de maus-tratos. A estudante de ensino médio Aurora Aguillera, tutora da gatinha Luna, não pensou duas vezes antes de tirar a bichana das ruas. “Quando a resgatamos, eu e meus pais só pensamos em protegê-la. Nunca foi uma questão para mim a cor, sempre pensei na Luna como o meu amuleto”, relembra.

Aurora é tutora de mais duas felinas, mas Luna é sua maior e mais leal companheira. “Ela significa tudo para mim, está sempre perto quando estou mal ou quando ela fica carente”, diz. Sobre as habilidades da bichana, a tutora conta que a gata é muito inteligente e aprendeu a pular em maçanetas para abri-las, de tanto ver os humanos fazendo o mesmo movimento. Lui Torres, estudante de moda, confidencia que, para ela, o gato também é um amuleto. “Sempre me dizem que ela traz azar, mas eu prefiro ignorar. Ela sempre me trouxe proteção e, na verdade, muita sorte.”

A estudante de psicologia Isabelle Reis Tavares afirma que nunca pensou que seu gato atrairia azar. “Nunca acreditei nessas superstições, mas já ouvi de algumas pessoas, inclusive familiares meus”, diz. “Meu gato significa uma parte muito importante da minha vida, representa para mim um afeto puro, uma diversão e gratidão”, revela.

Sexta-feira 13 e azar

Para aqueles que acreditam que as sextas-feiras 13 são sinônimo de azar, a data é um prato cheio para superstições. Reza a lenda que o número 13 atrai má sorte aos que não se cuidam. A origem da crença é incerta, mas, de acordo com o numerólogo Pedro Martins, pode ser explicada a partir da energia que os números carregam.

Ele lembra que, na numerologia, os números de 1 a 9, 11 e 22 são usados para estabelecer uma relação entre seres vivos e forças físicas, ou para predizer características da personalidade de uma pessoa. Os algarismos que não estão nesse grupo, como o 13, são separados e somados para obter a relação. Ou seja, no caso do 13, fica 1 3 = 4. Pedro Martins explica que o número 13 não é bem visto, por significar mudança no tarô.

“Na numerologia, o 4 representa a ausência de mudança. No tarô, o 13 significa transformação, a morte de uma parte do nosso ser para que possamos renascer. E as pessoas costumam levar isso (a carta 13 do tarô) para o literal da morte”, diz o numerólogo.

De acordo com a oraculista e numeróloga Stephanie Sidon, a ideia de azar desse número começou no século 14 com a prisão dos Cavaleiros Templários — ordem cristã que existiu por cerca de dois séculos, na Idade Média. Eles foram detidos na França em 13 de outubro de 1307.

Para o catolicismo, segundo Stephanie, a ideia tem muito a ver com a perseguição a Jesus. “Dizem que era uma sexta-feira e a quantidade de participantes durante o último evento de Jesus, a ceia, que contou com ele e os 12 apóstolos, ou seja, 13 pessoas”, explica.

Na mitologia, Stephania diz que está relacionado com a história de origem nórdica que afirma que Odin teria feito um banquete e convidado outras 12 divindades. Loki, deus da discórdia, não teria sido chamado. Quando ficou sabendo do banquete, armou uma confusão que terminou na morte de um dos convidados.

A superstição é presente na cultura brasileira em outras lendas e histórias regionais, em especial, nas cidades interioranas. “Ainda mais eu que cresci no interior, sempre ouvi essas histórias”, relembra Élvira Renara, operadora de caixa. Apesar de não temer a famosa data, herdou a crença de jamais deixar seus pés desprotegidos pelo lençol. “Por causa da minha mãe, até hoje não ponho o pé para fora da cama na hora de dormir.”

Fora isso, ela não faz outros rituais, exceto em uma ocasião na qual tentou se livrar de uma visita indesejada. “Coloquei a vassoura atrás da porta, no entanto, não deu certo”,  relata.

*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso

CONTEUDO: CORREIO BRAZILIENSE

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