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Piauí já registrou 293 homicídios nos seis primeiros meses de 2017

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) aponta que o Piauí já registrou 293 homicídios somente nos primeiros seis meses de 2017, em sua grande maioria ocasionada por discussões, acertos de contas e reação a assaltos. Apesar de o número representar uma queda de 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Piauí teve 324 mortes, o dado ainda é considerado preocupante.

A preocupação da polícia se volta principalmente para Teresina, onde se registrou 215 homicídios no primeiro semestre deste ano, um aumento de 21% em comparação com o mesmo período de 2016, quando a Polícia Civil contabilizou 178 mortes.  A grande maioria destes homicídios, segundo o Sinpolpi, foram praticados com arma de fogo.

E se a zona Sul da Capital foi considerada a mais perigosa da cidade em 2016, com o maior número de registros de homicídios, atualmente os dados apontam que a zona Norte e a zona Sul lideram as estatísticas, seguidas pela zona Leste, Sudeste e Centro. O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, alerta que esse aumento é reflexo principalmente da ausência de políticas públicas e de ações mais efetivas do Governo.

Depois da Capital, a segunda cidade populosa do Piauí também figura como a segunda mais perigosa. Parnaíba registrou números elevados e frequentes de homicídios em todos os seus primeiros meses do ano, mas maio e junho foram os mais violentos no litoral piauiense. Além de Parnaíba, Piripiri, Picos e Alto Longá apareceram nas estatísticas com registros significantes.

Crimes contra mulheres

Na análise dos dados, o Sinpolpi constatou que cerca de 75% das pessoas que foram assassinadas no Piauí são jovens de até 29 anos, e destes, a grande maioria são homens que são ou já foram envolvidos com algum tipo de crime.

Outro dado preocupante que ficou constatado no levantamento do Sinpolpi foi a morte de 19 mulheres só este ano no Piauí. Desse total, 16 casos foram crimes passionais ou feminicídio, ou seja, quando o companheiro ou pessoas que tenham ligação com a vítima praticam o ato por questões de gênero. Os demais foram investigados e registrados como crimes de violência sexual ou passional.

Por: Maria Clara Estrêla/O DIA

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