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Rio de Janeiro - O empresário Eike Batista sai do Instituto Médico-Legal (IML) onde fez exame de corpo de delito e é encaminhado ao presídio Ary Franco. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

PF faz operação contra fraudes no Enem e em concursos no PI e outros estados

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagram nesta quarta-feira (8) a Operação Adinamia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que vem realizando fraudes em diversos concursos públicos e no Exame Nacional do Ensino Médio. (Enem).

A atuação do grupo ocorria, sobretudo, no Piauí, no Ceará e na Paraíba. Conforme a PF, a quadrilha agia de “forma contumaz” e chegou a aplicar o esquema na edição deste ano do Enem, cuja primeira prova foi aplicada no último domingo (5).

Cerca de 90 policiais federais cumprem 36 mandados judiciais – sendo 21 de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e onze de condução coercitiva – no Piauí (na capital, Teresina), no Ceará (Fortaleza, Juazeiro, Barbalha, Mauriti, Abaiara e Lavras da Mangabeira) e na Paraíba (São José de Piranhas e Cajazeiras).

Mandados judiciais foram cumpridos no Piauí, no Ceará e na Paraíba (Foto: Tânia Rêgo / Arquivo Agência Brasil)

As formas da fraude consistiam na violação antecipada de lacres para acesso às provas do Enem e de concursos ou na utilização de candidato piloto e de ponto eletrônico, com a transmissão das respostas para os candidatos que contratavam o esquema.

O curso de medicina é o principal alvo das fraudes, e também o mais caro, sendo pago em torno de R$ 90 mil por vaga. Ainda segundo a PF, metade do valor é pago antes do certame e a outra metade depois de garantida a vaga.

“Esse tipo de fraude tem uma repercussão social de longo alcance, para além da questão criminal, por frustrar o esforço de candidatos honestos que estudam e buscam legitimamente o acesso aos cursos de nível superior e cargos públicos”, diz nota divulgada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira, logo após a operação ser deflagrada.

Estão sendo investigados os crimes de fraudes a processo seletivo e a concursos públicos, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas preveem prisão de um a quatro anos, três a oito anos e três a dez anos, respectivamente, além de multas. Se condenados, portanto, alguns dos envolvidos podem pegar até 22 anos de prisão – caso sejam indiciados pelos três crimes e recebam as penalidades máximas.

O nome da operação é uma alusão à fraqueza moral daqueles que fraudulentamente tentam burlar a concorrência de concursos para cargos públicos e processos seletivos para ingresso em cursos superiores por meio do Enem.

A Polícia Federal e o Ministério Público vão dar detalhes da operação durante coletiva de imprensa marcada para as 14 horas desta quarta-feira, na sede da Delegacia da Policia Federal em Juazeiro do Norte (CE).

Fonte: Cícero Portela/o dia Piaui

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