O ministro da Saúde, deputado federal piauiense Marcelo Castro não vai responder processo no conselho de ética do diretório nacional do PMDB. Apesar de descumprir a decisão do partido que o orientava a entregar o cargo de ministro até ontem (12), nenhum membro da sigla ingressou com uma representação no conselho de ética do PMDB pedindo sua expulsão do partido. A expectativa é que ele retorne à Câmara amanhã para participar da votação do processo do impeachment que acontece no domingo (17).
O vice-presidente do PMDB no Piauí, João Henrique Sousa, foi procurado para entrar com uma representação do diretório piauiense da sigla contra Marcelo, mas explicou a seus colegas que não é mais presidente do PMDB regional e a ODIA, informou que mesmo que ainda fosse, não ia ingressar com a representação contra Marcelo.
“Não ia ficar à vontade em fazer isso com um colega de partido do meu Estado. Do jeito que as coisas estão se encaminhando, o natural é ele permanecer no cargo e esperar até domingo (17), após a votação do impeachment na Câmara, tudo pode tomar outro rumo”, disse o dirigente.
No dia 29 de março o PMDB nacional desembarcou do Governo Federal e estipulou o prazo de 12 de abril para que todos os integrantes da sigla que ocupassem cargos no Governo Federal, pedissem exoneração. Marcelo Castro, além de não deixar o Ministério, tem sido um ferrenho defensor do Governo Dilma Rousseff (PT). Entre os PMDBistas que ainda estão no Governo, os ministros Carlos Pansera da Ciência e Tecnologia, Kátia Abreu da Agricultura e Mauro Lopes da Aviação Civil, enfrentam processos no conselho de ética do PMDB e podem ser expulsos da sigla.
Por: João Magalhães – Jornal O DIA