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Judoca piauiense muda estilo de vida, perde mais de 40 quilos e sonha com seleção

Em dezembro de 2016, Francinaldo Segundo pesava 181 quilos. Judoca já convocado para seletivas da seleção brasileira, sofria com pressão alta e a falta de atletas em Teresina (PI) com o seu peso para treinar. Após a faculdade de Educação Física, decidiu aproveitar a nova profissão para dar exemplo e seguir outro rumo. Quatro meses depois, está 44 quilos mais magro.

Imagine uma Sarah Menezes feita só de gordura lutando nas últimas Olimpíadas. A comparação é meio tosca, mas é quase isso.

Francinaldo Segundo é um dos quase 100 judocas que integram a delegação piauiense, neste fim de semana, no Campeonato Brasileiro da Região I, em Belém do Pará. Sua colega na Associação de Judô Expedito Falcão, Sarah Menezes, também estará presente. Os torneios das regiões classificam os atletas para os eventos nacionais de 2017.

É o primeiro torneio fora do Piauí após uma mudança drástica. A cirurgia bariátrica, para redução de estômago, foi no dia 19 de dezembro. Dois meses depois, ele voltou a treinar. Em março, ganhou a Copa Piauiense de Judô, sua primeira competição depois da virada radical na sua vida. Mas Francinaldo anda se sentindo um iniciante.

– Eu ainda estou em período de adaptação, porque é uma mudança muito brusca na vida da gente. Eu mudei todo o meu estilo de vida, mudei tudo o que eu fazia antes. É tudo novo para mim. São coisas que eu fazia, mas não da maneira correta. A alimentação mudou, treino mudou. (…) Vou ter que sentir a luta, o tempo de golpe muda, a minha maneira de defender algum golpe muda porque eu não vou ter aquele peso a meu favor. Vou ter que usar muito a cabeça, lutar com a cabeça. 

Antes de embarcar para Belém do Pará, Francinaldo Segundo pesava exatos 137,2 quilos. A meta é chegar aos 120 quilos e ganhar de cinco a 10 quilos de masssa muscular. Ficar forte e encarar os melhores do país, em busca do seu sonho: a seleção brasileira.

– Esse sonho nunca foi esquecido. Eu sempre busquei isso. Mas sempre que eu chegava na hora principal, a cabeça não ajudava. Eu perdia lutas que não era para perder. E hoje, melhorando fisicamente, isso se torna uma coisa ainda mais possível pra mim. Ainda é a minha meta e vai ser a minha meta. Enquanto eu não alcançar, vai ser a minha meta. 

Contudo, na mudança de estilo de vida, o judô não foi determinante. Tanto que Francinaldo Segundo admite até mudar de categoria. Mas a prioridade é dar um Ippon nos quilos a mais, melhorar sua saúde e ser exemplo para quem for seu aluno.

– É uma questão de sentir o momento. Eu vou seguindo o plano. Se tiver que descer (de categoria) e eu ver que dá para descer, eu desço. Se for lutar melhor no pesado, eu vou lutar no pesado. Eu estou seguindo um plano, a primeira meta que foi traçada. A mudança de categoria é uma consequência

Fonte:cidadeverde.com

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