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Estudo revela dúvidas na qualidade da educação no Brasil

Estudo indica que estudantes possuem dúvidas na qualidade de ensino ofertado no país

Estudo indica que estudantes possuem dúvidas na qualidade de ensino ofertado no país

ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL – 14.09.2021

Estudo realizado pelo Instituto Crescer, entre abril e agosto deste ano, revelou que há dúvidas sobre a qualidade de educação ofertada no país. A pesquisa ouviu 2.312 respondentes das redes públicas e privadas brasileiras.

Os dados divulgados apontaram que apenas 55,2% dos estudantes dizem que confiam totalmente na qualidade de ensino. Em relação ao trabalho desempenhado pelo professor, 72% dos alunos e 74,6% dos pais avaliam que é feito um bom trabalho, apesar da confiança dos alunos nos docentes diminuir ao longo do ensino médio.

Nas escolas particulares, o percentual dos estudantes que confiam totalmente em seus professores cai praticamente pela metade do início ao fim do ensino médio, passando de 8,8% no primeiro ano para 4,1% no terceiro. Na rede pública, os números se mantêm um pouco mais elevados, mas também apresentam queda. No primeiro ano, o índice de confiança chega a 22,8%. Já no último, baixa para 14,4%.

Para 25,2% dos adolescentes, os docentes têm preferência pelos bons alunos. Esse sentimento é mais forte entre os estudantes da rede pública (73%).  Entre os pais, 22,1% também têm essa mesma visão. Entretanto, a maioria dos professores (98%) afirmam tratar todos os estudantes da mesma forma.

Quando questionados sobre o quanto se dedicam aos estudos, 67,2% dos alunos acreditam que fazem o seu melhor na maioria das vezes; 74,3% dos pais e 75% dos professores avaliam que buscam sempre fazer o melhor para dar apoio aos adolescentes.

Entretanto, ao serem perguntados sobre o que esperam do próprio futuro, 24% dos estudantes não conseguem nem imaginar como será. Essa falta de perspectiva é mais forte entre os alunos da rede pública (79%) do que entre os das escolas particulares (22%).

O estudo também revela que a motivação para estudar não tem sido algo genuíno. Somente 34,1% dos estudantes investem na sua formação pela oportunidade de aprender coisas novas. A maioria (55,7%) o faz apenas por acreditar que é importante para dar continuidade aos seus estudos e 23% acreditam que os relacionamentos estabelecidos ao longo da vida é o que realmente vale para o sucesso futuro.

Para dar sequência às suas formações, 71,7% dos estudantes creem que a melhor opção seja fazer um curso superior; 12,9% acreditam que sejam os cursos livres e 10,8% dão preferência aos cursos técnicos.

Influência dos pais e responsáveis nos estudos

Motivação e perspectivas futuras são diretamente influenciadas pela escolaridade dos pais ou responsáveis e pelo tipo de escola (pública ou privada) dos filhos.

O estudo revela que pais com menor escolaridade (59,1% com até ensino médio completo) e que vieram de escolas públicas (49,1%) tendem a ver mais motivação nos filhos para estudar e percebem que fazem o melhor para apoiá-los em seu processo de aprendizagem. Já 43% dos pais com pós-graduação acreditam que seus filhos não têm motivação para estudar e 55% consideram que o apoio que dão é insuficiente.

Em relação ao futuro dos estudantes, otimismo é a palavra de ordem para os pais: 93,1% acreditam que os adolescentes terão sucesso na vida e 97% têm orgulho dos filhos. Na contramão, somente 68,2% dos estudantes acreditam que seus pais têm orgulho deles. Entre os que creem que os pais não se sentem orgulhosos, a maior parte (80%) vêm de escolas públicas.

Diante de um cenário de incertezas, somente 19% dos estudantes confiam no futuro do Brasil. Pais (31,2%) e professores (33,3%) têm uma percepção um pouco mais positiva. Mas a maioria, mais da metade dos pais (51,8%), dos educadores (54,5%) e dos estudantes (51,9%), tem muitas dúvidas em relação a isso.

Entre os pais que não confiam no futuro do país, 65% têm filhos matriculados na rede pública e 35% na particular. Nota-se que, tanto em relação ao próprio futuro quanto ao do país, as perspectivas dos estudantes são mais negativas quando comparadas às dos pais.

Dos participantes no estudo, 574 eram pais ou responsáveis, 415 educadores e 1.323 estudantes de escolas das redes pública e privada do Brasil. As respostas foram coletadas entre 23 de abril e 30 de agosto de 2021.

COM AS IFORMAÇÕES: R7

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