Mais de 3.100 colombianas grávidas estão infectadas com o zika vírus, segundo o presidente do país, Juan Manuel Santos, neste sábado (6), no momento em que a doença continua sua rápida expansão em todas as Américas.
O vírus tem sido associado ao nascimento de bebês com microcefalia, uma má-formação cerebral. Não há vacina ou tratamento contra a infecção.
Não existe até agora registro de qualquer caso de microcefalia ligado ao zika na Colômbia, segundo Santos. Há 25.645 pessoas infectadas com a doença no país, entre as quais 3.177 mulheres grávidas.
— A projeção é que pode acabar tendo 600.000 casos.
O presidente acrescentou que poderia haver até mil casos da síndrome de Guillain-Barré, uma condição rara e grave que pode causar paralisia e que alguns governos têm relacionado à infecção por zika.
Muito ainda permanece desconhecido sobre o zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya. Quatro de cada cinco pessoas que têm a infecção sequer exibem os sintomas — dores no corpo, febre amena e erupções cutâneas —, mas o Ministério da Saúde brasileiro confirmou no ano passado a relação entre o zika e o surto de microcefalia na região Nordeste do País.
O governo colombiano pediu que as mulheres adiem a gravidez por seis a oito meses. Casos não notificados e os pacientes sem sintomas da infecção podem significar que há entre 80 mil e 100 mil infectados por zika atualmente na Colômbia, de acordo com o governo.
No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é para que a população, principalmente mulheres grávidas e em idade fértil, tomem medidas simples que possam evitar o contato com o Aedes aegypti, como utilizar repelentes, proteger-se da exposição de mosquitos, manter portas e janelas fechadas ou teladas e usar calça e camisa de manga comprida.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou estado de emergência internacional pelo zika em 1º de fevereiro, citando forte suspeita de relação entre o vírus em grávidas com a microcefalia.
Fonte:r7