O promotor de justiça, Mário Normando, aproveitou a visibilidade da audiência de instrução do caso da vereadora Tatiana Medeiros (PSB) e fez um apelo para que o eleitor (a) não venda seu voto e nem admita que outros cometam esse crime. Segundo ele, o processo de Tatiana Medeiros tem um papel educador e a sociedade precisa fazer uma reflexão.
“Esse processo, mais do que qualquer coisa, deve trazer para a sociedade uma reflexão do papel do próprio eleitor no pleito eleitoral”, disse o promotor.
A vereadora Tatiana Medeiros e oito réus vão ser julgados por integrar facção criminosa, compra de votos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crime de rachadinha. A parlamentar está presa domiciliar e seu namorado Alandilson Cardoso está preso no presidio de Altos.
O promotor disse que a compra de votos é cultural no País e que precisa ser combatido.
“Não só vender o voto, mas a importância do eleitor de não admitir esse tipo de conduta. O candidato, às vezes, ele pratica esse tipo de crime incentivado no pedido do eleitor e não vamos ser ingênuos em dizer que isso não acontece”, disse o promotor.
Mário Normando destacou também que a vulnerabilidade econômica favorece essa prática criminosa, mas prejudica o processo eleitoral.
“O eleitor sabe da necessidade de material, mas a dignidade e o futuro do país a gente não pode ser alienado por R$ 100, R$ 200 R$ 50, por milheiro de tijolo, um saco de cimento. Nada disso vale a dignidade do povo e a democracia é profundamente comprometida”, disse o promotor que integra o colegiado que acompanha o processo de Tatiana Medeiros.
O eleitor que recebe dinheiro, bens, empregos ou qualquer outra vantagem em troca de seu voto comete o crime de corrupção eleitoral. A lei prevê pena de até 4 anos de prisão, além de multa. Fonte: cidade Verde
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