O desembargador Erivan Lopes, que tomou posse como novo presidente do Tribunal de Justiça do Piauí no início deste mês, pretende fazer uma grande mudança nas comarcas do Estado. Em entrevista ao Jornal O DIA, ele afirmou que o mau desempenho do judiciário piauiense, detectado nos rankings do Conselho Nacional de Justiça, é provocado pelos equívocos na distribuição das unidades judiciárias.
Foto: Assis Fernandes/ODIA

Segundo ele, há mais de 30 comarcas com um percentual de servidores e com mão de obra acima da demanda. ”Temos casos em que o número de processos distribuídos por ano é menos de 100. Isso acaba deixando a mão de obra do juiz ocioso, a mão de obra do servidor ociosa, o investimento que se faz no fórum, com energia, por exemplo, ocioso. Isso tem que ser revisto. Nós temos que agregar essa unidade judiciária”, analisa o desembargador.
Entre as mudanças que o novo presidente pretende fazer, está a redistribuição dos servidores. “Se eu tenho uma unidade judiciária com demanda de seis mil processos, eu tenho que ter uma quantidade de servidores que atenda os seis mil processos. O que não pode acontecer é o que está acontecendo atualmente, onde eu tenho uma unidade com seis mil processos e dois servidores, e unidade com 300 processos e cinco servidores”, afirmou Erivan Lopes.
O desembargador também reconhece que a produtividade média dos servidores e dos juízes é baixa e precisa ser melhorada. Para tanto, ele pretende recompensar aqueles que têm bom desempenho “Vamos cobrar porque vamos colocar a produtividade do servidor como fator de ascensão na carreira, como fator de remuneração, instituir prêmios e vantagens. Não é com perseguição. É incentivando os servidores a produzir mais e melhor”, destaca o presidente.
A entrevista completa com o desembargador Erivan Lopes está disponível na edição do Jornal O DIA deste domingo.
Por: Nayara Felizardo e Robert Pedros/ O DIA
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