Porém, nem sempre são só alegrias. Segundo as Marias, o Governo não prioriza as escolas do interior do Estado e os educadores se sentem desvalorizados por causa dos baixos salários e dos direitos adquiridos que são retirados.
Maria Evaneide dos Santos, graduada em Educação Física e Letras Espanhol, dedica sua vida a ensinar. Ela trabalha em uma escola de tempo integral na zona rural da sua cidade. Pela manhã vai de moto para trabalhar e, à tarde, volta caminhando. Para ela, ser professora por amor e vocação ajuda a driblar os problemas diários da falta de assistência na formação dos jovens no semiárido.
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“A minha maior alegria é poder contribuir para a formação de muitos jovens. Mesmo com as dificuldades que a gente enfrenta, como a falta de reconhecimento dos governantes, o baixo salário e falta de participação dos pais, pois alguns vão na escola somente no final do ano, quando seu filho já está quase perdido”, critica Maria Evaneide.
Foto Ilustrativa – O Dia
Ela acrescenta ainda que a falta de material para as atividades também desmotiva os professores. E diante de toda a situação, assim como as irmãs, aprendeu a amar a profissão que, na época, era uma formação mais acessível. E que, ainda assim, não mudaria de profissão se tivesse a oportunidade.
“É uma alegria ver minhas crianças terminando o ano letivo e alcançar o objetivo que colocamos. A minha escola é pequena, mas contamos com ônibus escolar, não na quantidade que deveria ser, mas já temos. Em relação aos pais, por ser uma comunidade pequena, eles acham que é só mandar o estudante para escola, não ajudam no desenvolvimento da criança, não fazem função deles em casa”, conclui Maria Edilene.
Conteúdo: O Dia