Assis nega de forma veemente a acusação e diz que não tem qualquer influência sobre a executiva do PT na capital, embora seja aliado do ex-vereador Gilberto Paixão, que é o atual presidente do diretório municipal.
“Eu não tenho governança na direção municipal. Eu só vim tomar conhecimento disso depois que ele [Dudu] anunciou. Eu fui examinar, e aí tomei conhecimento de que ele filiou, e propositadamente não encaminhou [as filiações], pra tentar criar um fato. Eu não tenho governança nenhuma lá [no diretório municipal]. A maioria é ele. Ele que filia, ele que desfilia, ele é quem tem a governança do partido [no diretório municipal]. Eu não tenho participação nenhuma, porque trabalho mais no interior. Mas eu não vou ligar pra isso, porque eu tenho mais o que fazer”, afirmou Assis.
Em entrevista a O DIA, deputado petista também fez duras críticas ao texto da reforma da Previdência que foi aprovado há duas semanas na Câmara, em primeira votação (Foto: Elias Fontinele / O DIA)
Reforma da Previdência é crime contra a população mais pobre, diz Assis
Em entrevista ao telejornal O DIA News 1ª edição, o deputado petista ainda fez duras críticas ao texto da reforma da Previdência que foi aprovado pela Câmara Federal no último 10 de julho, por 379 votos a 131.
Assis classificou a reforma como um “crime” contra os brasileiros mais pobres, afirmando que ela só vai beneficiar os grandes bancos, o mercado financeiro e a pequena parcela mais rica da população.
“Eu dei meu voto contra essa reforma e farei o mesmo no segundo turno [da votação], mesmo sabendo que a posição do esquema rentista, do setor financeiro e dos grandes bancos será vencedora. Eles vencem e o povo paga a conta, infelizmente. E eu lamento profundamente que deputados do Nordeste, cuja população depende tanto da Previdência, tenham colocado suas digitais numa maldade tão grande como essa”, afirmou Assis.
Assis Carvalho foi entrevistado no telejornal O DIA News 1ª edição (Foto: Elias Fontinele / O DIA)
O parlamentar piauiense também diz não acreditar que, durante a tramitação na Câmara e no Senado, o texto da reforma sofrerá novas mudanças que possam melhorar as regras para a população mais pobre. “Eu não acredito que no Senado tenha novidades, até porque nós estamos com um governo cujo único projeto é agredir o Nordeste, agredir os humildes e ficar de joelhos para os interesses norte-americanos. Não há nenhuma razão para que tenhamos esperança de que o país, sobretudo a classe mais humilde, possa receber algum benefício desse governo cruel”, acrescenta o deputado.
Assis diz, ainda, que as novas regras da Previdência Social devem levar muitos municípios brasileiros à falência, uma vez que a economia desses entes é aquecida, em grande parte, pela circulação de dinheiro proporcionada pelas aposentadorias dos idosos.
Por: Cícero Portela
*Com informações: O Dia